quarta-feira, 3 de agosto de 2011

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Documento Semanal #10: X-men


   Voltando das férias, e voltando a postar o documento semanal, agora nas quartas feiras. Neste DS vou falar sobre a liga de mutantes mais famosa do mundo, os X-men.

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  A primeira história dos X-men públicada foi no ano de 1963 pela Marvel, escrita por Stan Lee e Jack Kirby, num esforço de tentar derrubar a crescente Liga da Justiça da Améria, públicada pela DC comics.
  Os X-Men são mutantes: humanos que nasceram com habilidades super-humanas latentes, que geralmente se manifestam na puberdade. Consequentemente, em suas histórias, vários homens comuns têm um intenso medo e/ou desconfiança dos mutantes (cientificamente chamados de Homo superior), que são vistos pelos cientistas em geral como o novo degrau da evolução humana (as pessoas temem os mutantantes, pois eles são considerados uma evolução, mas não temem outros heróis, como o quarteto fantastico por exemplo, que eram humanos normais, mas por causa de um acidente adiquiriram poderes). Logo, muitos os consideram uma ameaça à própria sociedade humana, principalmente os que usam seus poderes para o mal.

   A História:
   Para combater os "mutantes malignos" (tais como Magneto e sua Irmandade de Mutantes) e promover a coexistência pacífica entre as duas raças, o benevolente Professor Charles Xavier, (ou Professor X, o milionário que é, secretamente, um dos maiores telepatas da Terra), fundou uma academia para treinar jovens mutantes e doutriná-los em seu sonho de "harmonia inter-racial". Ocultando sua real intenção do restante do mundo sob a fachada do Instituto Xavier Para Jovens Super-Dotados, Charles deu, assim, início ao seu sonho.

  As histórias dos X-Men contam com personagens de diversas etnias sendo, talvez, a revista em quadrinhos mais multicultural já publicada pela Marvel. Este aspecto foi introduzido quando o título, que havia sido cancelado, foi retomado nos anos 1970. Nesta década, o elenco (que contava apenas com mutantes americanos) foi diversificado, adicionando-se personagens da Alemanha, Irlanda, Canadá, União Soviética, Quênia e Japão (mais tarde foram introduzidos dois personagens do Brasil, são eles Mancha Solar e Magma). As histórias também retratavam temas relacionados ao status das minorias, incluindo assimilação, tolerância e crenças na existência de uma "raça superior".
   Os Personagens:
  
Os primeiros alunos de Charles (os "X-Men Originais") foram: Garota Marvel (Jean Grey), Fera (Henry 'Hank' McCoy), Homem de Gelo (Robert 'Bobby' Drake), Ciclope (Scott Summers) e Anjo (Warren Worthington III).
   Os primeiros números da revista também introduziram os arqui-inimigos da equipe: Magneto (Erik Magnus Leinsher) e sua Irmandade de Mutantes, composta por Mercúrio (Pietro Maximoff), Feiticeira Escarlate (Wanda Maximoff) - ambos irmãos de sangue e filhos adotivos de Magneto -, Mestre Mental e Groxo. Nesta fase também surgiram inimigos que ainda viriam dar muito trabalho aos "filhos do átomo" (ou nem tanto), como Fanático, Blob e Vanisher.
    Linha do Tempo   
   Anos 70 :
   Em Giant-Size X-Men #1 (1975), o escritor Len Wein e o artista Dave Cockrum introduziram uma nova equipe que iria aparecer nas novas edições de The X-Men, a partir do #94. Mais do que simples adolescentes aprendendo a usar seus poderes, essa equipe consistia de adultos oriundos de várias nações e culturas, recrutados por Charles Xavier para salvar seus alunos originais de Krakoa, a ilha-viva.
Novos X-Men
   Os "Novos X-Men" eram liderados por Ciclope, da equipe original, mas contavam com os recém-criados Pássaro Trovejante/Thunderbird (John Proudstar), um índio Apache americano; Colossus (Piotr Nikolaievitch Rasputin), um jovem agricultor da antiga União Soviética; Noturno (Kurt Wagner) que escondia sua mutação como artista de circo na Alemanha, Solaris (Shiro Yashida), um arrogante japonês; Banshee (Sean Cassidy), um irlandês ex-agente da Interpol; Tempestade (Ororo Monroe), uma mutante do Quênia venerada como deusa; e, o herói que já havia aparecido nas histórias do Hulk, Wolverine (Logan / James Howlett), do Canadá, que se tornaria o personagem mutante mais famoso de todos os tempos. Jean Grey acabou tomando mais , após ser incorporada pela Fênix Negra, se tornando a personagem mais famosa do grupo. Os outros três X-Men originais (Fera, Anjo e Homem de Gelo) se afastaram da equipe, tendo apenas participações ocasionais. 
 Anos 80:
Excalibur
 A crescente popularidade da revista The Uncanny X-Men e o crescimento das vendas nas lojas especializadas levaram à criação de diversas séries, apelidadas de "x-séries", com equipes derivadas dos próprios X-Men. As principais foram os "Novos Mutantes" (uma nova geração de mutantes, que estudavam no Instituto Xavier, numa proposta semelhante à dos X-Men Originais; "X-Factor" (formados pelos X-Men Originais, que se disfarçaram de "caça-mutantes" para poder abrigar e proteger sua própria raça) e Excalibur (os "X-Men da Inglaterra"). 
Adições importantes nesta época para as equipes dos X-men foram: Lince Negra (Kitty Pride), uma jovem adolescente com a capacidade de se tornar intangível; Vampira, a ex-terrorista mutante, filha adotiva de Mística; Cristal, uma ex-cantora e pretensa pop-star; Psylocke, a telepata inglesa irmã do Capitão Britânia, do Excalibur; Longshot, vindo de uma dimensão alternativa, o Mojoverso; e Jubileu, uma jovem mutante que salvou a vida de Wolverine. 

   Anos 90:
   Nesta época teve diversas minisséries acontecendo simultâneamente. Arcos importantes desta época foram: "Programa de Extermínio" em 1990, "A Saga da Ilha Muir" em 1991,"A Canção do Carrasco" em 1992, "Atração Fatal" em 1993,"Aliança Falange" em 1994, "A Era do Apocalipse" em 1995, "Massacre" em 1996, e "Operação: Tolerância Zero" em 1997.
    Alguns novos personagens foram introduzidos e se tornaram hits instantâneos, tais como Cable e Gambit (o charmoso cajun e ex-ladrão). Muitos personagens vieram e se foram rapidamente, tais como a Drª Cecília Reyes, Medula,Larval e Joseph. 
   Também teve séries separadas dos X-men de Chavier como : a X-Force, escrita por Rob Liefeld e Fabian Nicieza. A equipe era liderada pelo misterioso guerreiro hiper-violento vindo do futuro, Cable, tendo como integrantes muitos dos antigos Novos Mutantes. As novas séries desta época também incluíram a Geração X (Marvel Comics) (uma nova geração de estudantes mutantes adolescentes), e X-Man protagonizada pelo poderoso Nate Grey, um fugitivo da Era de Apocalipse. 


   Anos 2000:
   No ano de 2001 o roteirista Grant Morrison e o desenhista Frank Quitely assumiram a revista X-Men. Seu título mudou para New X-Men e sua formação contava com Fera, Jean Grey, Professor X, Ciclope, Wolverine e Emma Frost (telepata e antiga Rainha Branca do Clube do Inferno). A nova equipe usava uniformes de couro negro, semelhantes aos do filme X-Men. A revista New X-Men concentrou-se em conceitos de ficção científica. No primeiro arco de histórias, E de Extinção a nação de Genosha foi dizimada por sentinelas e 16 milhões de mutantes morrem, numa trama orquestrada por Cassandra Nova (considerada por muitos a mais terrível oponente que os X-Men já tiveram) que, além disso, acabou com o anonimato dos X-Men, revelando a verdadeira identidade de Charles Xavier e da Mansão X. Uma das subtramas mais controversas escritas por Morrison envolvia Ciclope (casado com Jean Grey) tendo um caso telepático com Emma Frost, o que levou ao rompimento do casal. O personagem Xorn é introduzido no Universo Marvel nesse ínterim. Ele, aparentemente, cura Xavier de sua paralisia.

Temas Abordados:
Racismo

    O Professor X já foi comparado ao líder pelos direitos civis dos afro-americanos Martin Luther King Jr, e Magneto ao militante mais agressivo Malcolm X. Os X-men se referem muitas vezes ao "sonho de Xavier", o que leva a crer em uma referência à famosa frase de Martin Luther King, "Eu tenho um sonho". As revistas X têm com frequência mostrado mutantes como vítimas de violência, evocando o linchamento de afro-americanos na época anterior ao movimento pelos direitos civis americano. 


Homossexualidade

    Outra metáfora aos direitos civis relacionada aos X-men diz respeito aos direitos dos homossexuais. Foram feitas comparações com a situação mutante (incluindo a descoberta de seus poderes e a idade em que eles aparecem), e a homossexualidade. Isso foi demonstrado em uma cena do segundo filme dos x-men, do diretor assumidamente homossexual Bryan Singer, em que Bobby Drake (Homem de Gelo) revela a seus pais ser mutante. Além disso, o primeiro filme mostra uma cena em que o senador Robert Kelly diz que os mutantes devem ser proibidos de lecionar para crianças em escolas.

    A história em quadrinhos ainda se envolveu, no início dos anos 1980, com a epidemia de aids, com uma longa subtrama sobre o Vírus Legado, uma doença aparentemente incurável que, a princípio, só afetava mutantes.
E temos também os casos de Estrela Polar que é homossexual assumido e Mística que é bissexual. 

Medo comunista

 

   Ocasionalmente, alusões ao medo dos comunistas estão presentes. O senador Robert Kelly propôs um "Ato de Registro de Mutantes", similar aos esforços do Congresso americano para banir os comunistas dos Estados Unidos. No filme X-Men de 2000, o senador exclama: "Nós precisamos descobrir quem são esses mutantes, e o que eles podem fazer." 

Como subcultura

Em alguns casos, particularmente nas histórias de Grant Morrison em Novos X-men e Peter Milligan em X-statix, no começo dos anos 2000, os mutantes são tratados como uma subcultura distinta, com "bandas mutantes", e um popular desenhista de moda mutante, que criou roupas especiais para a fisiologia mutante. Também a série Distrito X e X-Factor tem como ambientação uma área de Nova York chamada Cidade Mutante. Deste modo, os X-Men podem servir como alegoria para qualquer minoria da população que estabeleça uma subcultura específica.


Personagens

Esta metáfora também está presente, mais pessoalmente do que politicamente, em alguns personagens. Ciclope, por exemplo, precisa utilizar um visor ou óculos especiais todo o tempo para manter seus poderes sob controle, e isso tem restringido seu crescimento emocional. Vampira, cujo poder mutante a impede de estabelecer contato físico com outras pessoas, possui uma enorme sensação de isolamento pessoal, e o cientificamente brilhante Fera tem de lutar sempre contra a impressão de que é um monstro, devido a sua aparência animalesca. Assim, os efeitos de sentido  tem sido explorados frequentemente na franquia. 


Concluíndo, os X-Men são o grupo de heróis mais "realista" dentre todos, enfrentando problemas sociais, políticos e até ecônomicos, sofrendo preconceito por ser diferente, e também pelo medo da população de uma raça mais avançada de seres humanos. 

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